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domingo, 30 de setembro de 2012

ESPECIAL GUERRA DOS SEXOS: UMA NOVA VERSÃO DE UM GRANDE SUCESSO


A partir dessa segunda, 1º de outubro, um grande sucesso está de volta. Calma, não é nenhuma reprise e sim a nova versão de "Guerra dos Sexos", escrita por Sílvio de Abreu e dirigida por Jorge Fernando. Exibida originalmente em 1983, "Guerra dos Sexos" tornou-se um marco da teledramaturgia brasileira e fez muito sucesso, sendo considerada uma das melhores novelas já exibidas na TV brasileira. "Guerra dos Sexos" marcou época com seu humor inteligente e situações muito divertidas com direito a muita comédia pastelão. Quem nunca assistiu a famosa cena do café da manhã, em que Otávio (Paulo Autran) e Charlô (Fernanda Montenegro) jogam comida um no outro? Mas "Guerra dos Sexos" é muito mais do que isso. A nova versão, que também será exibida no horário das sete, não é simplesmente um remake da primeira, pois Sílvio de Abreu faz questão de ressaltar que se trata de uma nova história, com situações bem diferentes. Vamos saber mais sobre "Guerra dos Sexos"?

A HISTÓRIA
Otávio e Charlô: guerra declarada entre primos que se odeiam

Depois da morte de Otávio (Paulo Autran) e Charlô (Fernanda Montenegro), os também primos Otávio II (Tony Ramos) e Charlô II (Irene Ravache), herdam a fortuna deles. Os dois tiveram um romance que não deu certo na juventude, ficaram anos sem se ver e hoje se odeiam. A nova Charlô nunca se casou e sempre levou uma vida de viagens e aventuras. Ela trata o primo Otávio pelo apelido de Bimbinho e ele o chama de Cumbuqueta, o que sempre provoca brigas terríveis entre eles.

Nova versão da famosa cena da briga no café da manhã

Durante um safari na África, Charlô foi chamada para voltar ao Brasil, pois os tios falecidos Otávio I e Charlô I a incluíram no testamento. Ela é herdeira de um castelo nos arredores de São Paulo e de uma conceituada loja de departamentos que tem o seu nome, a "Charlô's". Mas os tios, sabendo do ódio que ela e Otávio sentem um pelo outro e temendo pelos seus bens, deixaram uma cláusula no testamento exigindo que ele compartilhasse tudo com Otávio com direitos iguais e que os dois permanecessem juntos no comando dos negócios. Como não se suportam e vivem em guerra, Charlô propõe a Otávio que um dos primos aceite abrir mão de sua parte e os dois fazem uma aposta: Charlô e sua equipe tem cem dias para elevar os lucros da loja numa porcentagem estipulada. Caso contrário, ela perde tudo. É dessa maneira que a guerra dos sexos está declarada!

Equipe da novela reunida

Do lado de Otávio está Felipe (Edson Celulari), filho adotivo de Charlô, e os dois formam uma dupla de trapaceiros capaz de tudo para impedir Charlô de atingir seus objetivos. Charlô conta com o apoio de Vânia (Luana Piovani), seu braço direito na loja e de Roberta Leoni (Glória Pires), dona da Confecção Positano - fornecedora de peças de roupas para as lojas de Charlô. As mulheres unem forças e trabalham dia e noite para cumprir a meta e estabelecem uma regra: estão proibidas de se envolver com homens durante esse período. Mas elas nem imaginam que a malvada Carolina (Bianca Bin), sobrinha de Roberta - que finge estar do lado de Charlô -, na verdade trabalha para Otávio. Ela acaba seduzindo Felipe, que tinha uma caso com Vânia. Vânia descobre as verdadeiras intenções de Carolina e luta para desmascará-la. 

Essa guerra entre homens e mulheres está apenas no começo e a diversão está garantida!

PRINCIPAIS PERSONAGENS

OTÁVIO (Tony Ramos) - Dono de 50% da cadeia de lojas de departamentos Charlô’s. Solteiro, é cheio de manias e teimoso feito uma mula, chega a ser engraçado em suas exigências. Muito esperto nos negócios, gosta de dinheiro, de sucesso e de prestígio. Tem, porém, uma vida dupla, pois em diversas noites sai para se divertir sem que ninguém saiba para onde vai. Machista e prepotente, tem uma grande rivalidade com Charlô, sua prima e sócia na cadeia de lojas. Os dois fazem uma aposta para ver quem vai abrir mão da parte da herança que foi deixada por seus falecidos tios. Otávio se alia a Felipe, filho de Charlô, e os dois vão aprontar muito juntos. Otávio e Charlô namoraram na juventude e no fundo ainda se gostam, mas nenhum deles dá o braço a torcer.

CHARLÔ (IRENE RAVACHE) - É dona dos outros 50% das ações da cadeia de lojas de departamentos "Charlô’s". É ainda uma feminista radical, que gosta de viver muitas aventuras e fazer muitas viagens. Exigente, altiva engraçada e cheia de vida, Charlô gosta de dinheiro como o primo, mas coloca outros valores como suas prioridades. Não tolera o machismo e a prepotência de Otávio e perto dele, é uma mulher cosmopolita. Não aceita ser chamada de senhora, apenas Charlô. É mãe adotiva de Felipe, de quem gosta muito, apesar de suas grandes divergências. Ela se unirá a Roberta e à equipe da loja, para aumentar seus lucros e fazer o primo desistir de sua parte da herança. E a guerra está declarada!

ROBERTA LEONE (GLÓRIA PIRES) Casada com Vitório (Carlos Alberto Riccelli) e mãe de Kiko (Johnny Massaro), Roberta é uma mulher de temperamento muito forte e origem humilde, que teve a sorte de se casar com um industrial em ascensão. Ajudou muito o marido na sua subida. É fina, elegante, bonita e sofisticada sem ser fresca. É independente e ativa, afável e querida pelos subalternos. Sabe endurecer sem perder a ternura. Mora num elegante edifício no Jardim Paulista, mas se mantém muito ligada aos dois irmãos, Nieta (Drica Moraes) e Nenê (Daniel Boaventura), que vivem numa modesta vila da Mooca. Será aliada de Charlô na guerra contra os homens. Tia de Carolina, que finge ajudá-las, ela nem imagina que a sobrinha na verdade está do lado de Otávio. Ao ficar viúva, Roberta acabará se apaixonando pelo motorista Nando e lutará para conquistá-lo, mesmo com a diferença de idade entre eles.

FELIPE (EDSON CELULARI) - Filho adotivo de Charlô, Felipe é seu único herdeiro. Ele se dá muito bem com seu tio Otávio, e por isso também é seu herdeiro. É o braço direito de Otávio nas lojas e assiim como ele, é a favor dos homens. É um profissional capaz e autoritário à sua moda. Já foi casado e separado inúmeras vezes, por ter uma incompatibilidade natural com as mulheres. Tem um lado humano muito forte que esconde de todas as mulheres para não demonstrar nenhuma fraqueza para elas. É muito apaixonado pelas filhas: Juliana e Analú (Raquel Bertani). Tem um caso com Vânia.

JULIANA (MARIANA XIMENES)Filha mais velha de Felipe, trabalha num cargo elevado das lojas, coordenando a chefia de departamentos. Adora o seu serviço e o seu pai, mas na loja discute muito com ele, por terem concepções de trabalho diferentes e por ela estar incondicionalmente ao lado de Charlô em qualquer circunstância. Na loja é uma mulher alegre e até descontraída, mas na vida particular é um pouco fechada, até triste e solitária. Juliana nem percebe que o motorista Nando é completamente apaixonado por ela. Ela é a amante secreta de Fábio (Paulo Rocha), que é casado com a ciumenta Manoela (Guilhermina Guinle). 

NANDO (REYNALDO GIANECHINNI)Motorista de Otávio. É confidente, aliado e muito amigo do patrão. Mora na casa de seu amigo Ulisses. É boa pinta, simpático, bonachão e meio temperamental, mas tem um grande coração. Teve uma vida difícil e acredita estar nesse mundo porque o rogaram uma praga muito forte. É apaixonado em segredo por Juliana e tem que aturar as loucuras de Analu, irmã da moça, que faz de tudo para conquistá-lo, (ela chega a sequestrá-lo e levá-lo para uma ilha deserta). Nando também despertará a paixão de Roberta.


CAROLINA (BIANCA BIN)Filha de Nieta e Dino (Fernando Eiras). Sobrinha de Roberta. Aparentemente, um pequeno anjo de bondade. Muito solícita, inteligente e suave. Todos gostam dela. Seu aspecto frágil desperta ternura. Sabe mexer com a vaidade das pessoas, elogiar na hora certa, ser tolerante e boazinha. Exatamente o ideal de pessoa que todos querem ter ao lado. No entanto, sua personalidade é o oposto de tudo isso. É um lobo em pele de cordeiro, perigosa e determinada. Quer subir na vida a qualquer custo. Com seu jeito cândido, consegue tudo o que quer. Namora Ulisses (Eriberto Leão), mas sua verdadeira paixão sempre foi o outro irmão, Zenon (Thiago Rodrigues). Finge que está do lado de Roberta e Charlô na guerra contra os homens, mas na verdade é aliada de Otávio.

VÂNIA (LUANA PIOVANI) Braço direito de Charlô na diretoria da loja. É bonita, atraente, inteligente, despachada e ambiciosa. Sempre teve que lutar por tudo o que quis e não se aperta por problemas menores. É absolutamente prática e moderna. Eficiente, esperta, é uma profissional profundamente competente, além de ser ousada e cheia de imaginação. Uma pessoa com uma única direção na vida: ser feliz, dentro dos seus conceitos, sem fazer concessões. É amante de Felipe, mas os dois acabarão brigando. Vânia descobrirá que Carolina não presta e lutará para desmascará-la perante Charlô e Roberta.

O QUE ACONTECE NOS DOIS PRIMEIROS CAPÍTULOS

SEGUNDA, 1º DE OUTUBRO

Charlô e Otávio acompanham a leitura do testamento dos tios e iniciam uma grande discussão. Todos os convidados elogiam o desfile da Positano Sport Club organizado por Roberta. Analu tenta falar com Kiko sobre o casamento, mas ele não dá atenção. Vitório discute com Otávio. Felipe e Roberta se enfrentam depois de quase sofrer um acidente de carro. Vânia surpreende Felipe com um beijo. Roberta encontra Nenê na casa de sua irmã. Nieta foge da polícia na feira da Vila da Mooca. Roberta chama sua família para o casamento de Kiko. Fábio se cansa das crises de ciúmes de Manoela. Carolina afirma que vai ao casamento de Kiko. Vitório sente-se mal e tenta disfarçar para Roberta. Carolina se esconde no porta-malas do carro de Otávio. Ulisses relembra a luta que perdeu. Analu desiste de se casar e foge. Roberta culpa Felipe. Charlô decide pilotar seu avião. Felipe e Roberta anunciam que não haverá mais casamento. Charlô percebe algo de errado no avião, que inicia uma queda. Carolina cai em cima de Fábio. Vitório passa mal e cai nos braços de Roberta.

A guerra entre as mulheres e os homens...

TERÇA, 02 DE OUTUBRO

Charlô consegue controlar o avião. Manoela e Fábio se solidarizam com o sofrimento de Carolina. O médico confirma a morte de Vitório e Roberta fica arrasada. Juliana não consegue descobrir por que Otávio discutiu com Vitório na loja. Carolina é gentil com Manoela, que fica encantada com a menina. Roberta e Kiko choram por causa de Vitório. Nieta reclama da irmã e elogia Nenê para Dinorah. Lucilene sonha com Ulisses. Carolina consegue convencer Fábio a lhe dar uma carona. Analu ameaça denunciar Nando por sequestro se ele voltar para a mansão de Otávio. Ismael avisa que Nando fugiu com Analu. Roberta acusa Otávio pela morte de Vitório. Veruska pega uma pasta no cofre pessoal de Vitório. Carolina mente para explicar a Lucilene sua ida ao casamento de Kiko. Analu esconde de Nando a chave do carro. Felipe procura um investigador e acusa Nando de ter sequestrado sua filha. Roberta segue para o velório do marido. Veruska entrega a Otávio a pasta que retirou do cofre de Vitório.

...está declarada!

MAIS GUERRA DOS SEXOS

- Clique aqui para ler os resumos do restante dos capítulos da semana;

- Clique aqui para conhecer os outros personagens da novela;

- Clique aqui para ver um clipe com as primeiras imagens de "Guerra dos Sexos".

                                        
Agora resta saber se essa nova versão da novela vai despertar tanto interesse quanto a primeira, que é um clássico. Mas a novela tem todos os ingredientes para se transformar num grande sucesso. Fiquem ligados!



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

LAURO CÉSAR MUNIZ E EQUIPE DE MÁSCARAS FAZEM BALANÇO DA NOVELA

Da esquerda para a direita: Mariana Vielmond, João Gabriel Carneiro, Lauro César Muniz, Mário Viana, Renato Modesto e Carol Agabiti

Na próxima terça-feira, 02 de outubro, será exibido o último capítulo da novela "Máscaras" na Record. Escrita por Lauro César Muniz, "Máscaras" apresentou uma história policial cheia de mistérios e tramas bem amarradas, com situações e temas pouco explorados nas novelas mais convencionais. Foi uma tentativa válida de fugir da mesmice que anda tomando conta das novelas ultimamente, apresentando uma história com situações inéditas e bem exploradas. Infelizmente a novela não atingiu o sucesso esperado e passou por alguns problemas durante sua exibição, como mudanças de horário e troca de diretor.

O autor Lauro César Muniz concedeu mais essa entrevista para o "Super TV e Mais!", onde fala dos problemas enfrentados ao longo de sua novela e faz um balanço dos resultados de "Máscaras". Ele também fala da baixa qualidade que vem tomando conta das telenovelas e de seus planos para o futuro. 

O co-autor de "Máscaras", Renato Modesto, e os colaboradores Mário Viana, Mariana Vielmond, João Gabriel Carneiro e a pesquisadora da novela, Carol Agabiti, também deram depoimentos ao blog sobre a experiência de terem feito parte da equipe de "Máscaras". Confiram a entrevista com o Lauro e os depoimentos da equipe da novela!

ENTREVISTA COM LAURO CÉSAR MUNIZ


SUPER TV E MAIS! - "Máscaras" começou com audiência baixa e você teve que fazer alguns ajustes no enredo. Mesmo assim a novela não atingiu a audiência esperada. Houve algum tipo de frustração por causa disso? Como você avalia a audiência da novela?

LAURO CÉSAR MUNIZ - Na verdade, a novela estreou com audiência baixa. Ao contrário de "Poder Paralelo" que estreou com 15%, "Máscaras" estreou com 11%. Alguma coisa já estava errada. Depois a audiência manteve-se em volta de 9% e foi caindo até 7 ou 8%. Manteve-se assim até ser transferida para às 23:15 (quase sempre depois das 23:30). Depois caiu absurdamente até 6%, 5%. É preciso considerar que neste período também caíram drasticamente as audiências de "Rebelde". Tanto "Máscaras" como "Rebelde" nunca mais reagiram. Houve um período de dificuldades na Teledramaturgia da Record que culminou com a saída de Ignácio Coqueiro e depois do Diretor de Teledramaturgia. Neste mesmo período, com exceção de "A Fazenda" toda a programação da emissora oscilou, como foi fartamente publicado pela imprensa. 

A frustração não foi apenas minha, foi geral. O Elenco chegou a emitir um documento público quando Edgard Miranda assumiu a direção da novela.

O que aconteceu? Difícil entender no primeiro momento. Hoje as coisas começam a ficar mais claras, com a nítida diferença da gestão do novo diretor de teledramaturgia. 

É muito difícil para uma novela que estreou durante uma forte crise se recuperar. Tenho uma parcela de responsabilidade em tudo isso: supervalorizei a capacidade do público acompanhar uma história policial bastante intrincada. E cometi o erro (até o capítulo 40) de abrir muitos mistérios sem os revelar por muito tempo. 40 capítulos definem a performance de uma novela. Não conheço nenhuma novela que que tenha estreado mal e se recuperado bem mais tarde.   

SUPER TV E MAIS! - Você acha que o fato de a novela ter sofrido algumas mudanças de horário pode ter dificultado a fidelização da audiência?

LAURO CÉSAR MUNIZ - O horário das 23:30 até bastante além da meia-noite é um horário especialmente complicado. Trata-se da última novela exibida, depois de mais de 10 outras, anteriores. E era a única novela que ia além da meia-noite, cotidianamente. Um horário em que a porcentagem dos aparelho ligados é muito baixa e cai verticalmente. O público desse horário já está muito cansado, prefere se envolver com um filme ou um programa leve, relaxado. "Máscaras" foi concebida para as 22:15 hs.


Os protagonistas da novela

SUPER TV E MAIS! - Antes do início de "Máscaras" você declarou que essa seria a sua última novela. É realmente a última ou você acha que pode mudar de ideia e escrever mais alguma novela no futuro?

LAURO CÉSAR MUNIZ - "Máscaras" foi minha última novela. Basta fazer as contas: entre uma novela e outra, em geral o autor espera uns 2 anos. Terminarei essa novela em outubro de 2012. Dentro de dois anos estarei com 77 anos. Já sinto que o tempo tirou de mim uma certa vitalidade. Fiz "Máscaras" com 125 capítulos e cheguei bastante cansado ao final. Se as novelas baixarem drasticamente o número de seus capítulos, como eu proponho há muitos anos (120 a 140 capítulos, apenas) poderei arriscar a fazer mais uma, com a companhia de um ótimo co-autor. A solução para que eu continue a produzir para a televisão será fazer minisséries. Já apresentei um bonito projeto à Record, onde pretendo terminar minha carreira.

Nos próximos anos vou escrever Teatro, Cinema e minisséries.

SUPER TV E MAIS! - Sempre ouvi dizer que escrever novela é um dos trabalhos mais exaustivos que existem. Quais são os seus planos para depois de "Máscaras"?

LAURO CÉSAR MUNIZ - Telenovela é o 13º trabalho que Hércules se recusou a fazer. Somos poucos que conseguimos segurar este peso. Os jovens estão aparecendo mas cometendo os erros de imitar os piores trabalhos de minha geração. Há um consenso de que é preciso baixar muito o nível porque o telespectador hoje tem um nível médio muito fraco. Isso não é verdade. O que acontece é que as próprias emissoras de televisão, abertas, anestesiaram o público com produção de baixíssima qualidade. O público hoje parece dopado por clichês que nada propõem de novo. É preciso haver um choque de boa qualidade para tirar o público desse sono eterno...

SUPER TV E MAIS! - Para terminar, qual o balanço final que você faz de "Máscaras"? Apesar dos problemas enfrentados, valeu a pena ter escrito a novela?

LAURO CÉSAR MUNIZ - Gosto do tema e da trama de "Máscaras"! Criei personagens lindas com as quais vivi muito tempo. O elenco era excelente com quatro ou cinco atores e atrizes que destoavam. Criei coisas inéditas (o casal Zezé, por exemplo) e levantei questões muito importantes como a exploração descontrolada de um minério estratégico, o Nióbio, em que o país é soberano (85% mais ou menos do Nióbio do mundo inteiro, está em território brasileiro). Denunciei o descuido dos vários governos que permitem que este elemento saia do país "a preço de banana, contrabandeado". Há muita gente ganhando muitos dólares às cutas do Nióbio, enquanto a população desconhece essa riqueza incrível. Vejam no Google o que é o Nióbio, aqui não é o espaço para que eu faça exposição do problema. Outros assuntos me fascinaram - a tentativa de atentado contra o Presidente Obama quando visitou o Rio de Janeiro em março de 2011. Fundi ficção com história.

DEPOIMENTOS DA EQUIPE DA NOVELA

RENATO MODESTO - Co-autor: " Máscaras foi um desafio para mim. Um aprendizado difícil, mas precioso. Nos treze anos em que trabalhei na Rede Globo, escrevi com o grande autor Walther Negrão novelas das 18 horas. Eram tramas leves e divertidas, voltadas para todas as faixas etárias. Neste meu primeiro trabalho na Rede Record, tive que me adaptar às características de uma novela mais adulta, exibida em horário avançado, com temas fortes e polêmicos.
A novela passou por diversos problemas de produção, uma troca de diretor, doenças no elenco e mudanças constantes de horário, Mas tais dificuldades acabaram se tornando estímulo para que seguíssemos mantendo um alto grau de exigência quanto à qualidade do texto. 
Lauro César Muniz já era um modelo de competência para mim e essa admiração aumentou anda mais. Lauro é um autor que não suporta acomodação e obviedades. É um inimigo do lugar-comum, um destruidor de clichês, um roteirista que tem a coragem de ver a novela não como  produto ou mero entretenimento, mas como arte. 
Serei sempre grato a ele por tudo o que aprendi e cresci. Espero que ele continue presenteando a  todos nós com seu talento e idealismo ainda por muitos e muitos anos."

MÁRIO VIANA - Colaborador: "Fazer sucesso é muito bom e é claro que nós queríamos ter registrado números bem maiores no Ibope, mas a resistência à novela em nenhum momento nos enfraqueceu. Em instante algum, a emissora nos pediu pra 'baixar o nível' de uma história cheia de entrelaçamentos pouco convencionais nas novelas. E, principalmente, em momento algum o Lauro César Muniz admitiu que diálogos, tramas e abordagens resvalassem no simplório. A exigência continuou alta do primeiro ao último dia. Só isso já é um aprendizado. Enfrentar dificuldades sem ceder, sem adulterar o próprio trabalho. Houve também um encontro muito bom com diversos atores do elenco, que vestiram a camisa da novela e arregaçaram as mangas junto com a equipe de autores e os diretores - tanto o Ignácio quanto o Edgard. Termino a novela de cabeça erguida e certo de ter feito um trabalho de excelente nível, de muita qualidade e em ótima companhia".

MARIANA VIELMOND - Colaboradora: "Sei que depois de trabalhar com o Lauro vou sempre voltar a esse marco. Tudo que eu escrever a partir desse ponto já não será como antes. O Lauro é um autor que se dedica ao ofício com paixão e generosidade. Com entrega absoluta, sem receio de abrir seus métodos, sua busca, suas crenças, seu conhecimento. O Lauro se oferece inteiramente para a troca, não apenas de técnica, mas também de impressões e afeto.  Para este trabalho reuniu uma equipe com essa mesma disposição de partilha, o que resultou para mim num aprendizado sem tamanho, porque eram todos tão diferentes. Sou grata a cada um dos meus parceiros nessa jornada. Autores e personagens. Sei que ainda vou seguir por muito tempo dialogando com essas criações dentro de mim. "

JOÃO GABRIEL CARNEIRO - Colaborador: "Máscaras é uma novela rara, inovadora, sofisticada. Ao mesmo tempo, muito sensível e poética, em contraste com uma história policial violenta. As personagens, em geral, não são o que parecem ao primeiro olhar. Todas repletas de contradições. Seres humanos, com defeitos e qualidades. Suas 'máscaras' vão caindo e a história vai se revelando, aos poucos, como um quebra-cabeças. Um prato cheio para a interpretação dos atores, e um convite à reflexão do telespectador. Profundos dramas psicológicos geram constantes viradas na história. E cada trama pessoal faz parte desse contexto maior, no qual todas estão inseridas: uma grande conspiração internacional. A novela fala sobre o Brasil de hoje, seu contexto econômico no mundo. Tem forte cunho político. Por esses e outros motivos, foi um enorme prazer fazer parte dessa equipe e trabalhar com tantos talentos, dispostos a dar o máximo pela obra. Arte genuína. Um grande orgulho que vou levar comigo para sempre. Só tenho a agradecer."


CAROL AGABITI - Pesquisadora: "A primeira novela que vi do Lauro foi O Salvador da Pátria. Eu era criança e ficava encantada com o Sassá Mutema... 
A primeira vez que eu vi o autor em carne e osso foi numa palestra sobre Teledramaturgia. Até hoje lembro o que ele ensinou naquele dia. 
Trabalhar com o Lauro em Máscaras foi mais do que um prazer... Foi um grande aprendizado. Porque assim como suas obras deixam marcas, é impossível você se relacionar com ele sem se transformar.
Fazer pesquisa para telenovela é um desafio. Você tem que tirar todas as dúvidas dos roteiristas e deve esmiuçar os temas que serão abordados pelas tramas. Basicamente, você tem que ser capaz de responder perguntas sobre qualquer assunto. Por exemplo: O que acontece com alguém que leva um golpe de injeção no pescoço? Por que o Brasil está vendendo tão barato o Nióbio? O que o Obama fez durante sua viagem ao Brasil? E por aí vai... 
Lauro leva a pesquisa muito a sério e respeita o trabalho de seus pesquisadores profundamente. Muitas vezes, ele reescreveu cenas inteiras porque a pesquisa apontava para um caminho diferente do que ele tinha ido. Lauro é um autor realista que respeita a inteligência do público e gosta que suas obras estejam embasadas na realidade. Ele acredita que a telenovela, além de entreter, é capaz de informar e também de estimular o telespectador a pensar! 
Agradeço aqui o Lauro pelo convite! Um beijo para o Renato, o Mário, a Mariana e o João, roteiristas super talentosos que estiveram comigo nesse processo. Obrigada também a todos que me ajudaram a responder as dúvidas da novela: Érica, Renato, Cadu, Lombardi, Thiago, Alessandra, Cristiane, Maira, Esther, Horácio, Ronaldo e Adriano."


Agradeço ao Lauro pela gentileza de conceder mais essa entrevista ao blog e a toda a equipe de roteiristas da novela pelos ótimos depoimentos! Muito obrigado a todos e boa sorte nos próximos projetos de cada um!

Fiquem de olho nos capítulos finais de "Máscaras"!



terça-feira, 25 de setembro de 2012

"QUEM MATOU ODETE ROITMAN?" - A PERGUNTA QUE PAROU O PAÍS


Já que no post da semana passada falei sobre um provável "Quem matou Dona Doroteia" (Laura Cardoso) em "Gabriela", aproveito para relembrar um crime que marcou a teledramaturgia brasileira e parou o país: a morte de Odete Roitman  (Beatriz Segall) em "Vale Tudo", novela de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, exibida em 1988.

"Vale Tudo" marcou a história da televisão brasileira de tal forma, que é quase impossível encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar da novela, especialmente do assassinato de Odete Roitman. É considerada uma novela quase perfeita, onde tudo funcionou absolutamente bem: a ótima história, o texto inspirado dos autores e as atuações marcantes do elenco, tudo aliado a um retrato perfeito da realidade econômica em que o Brasil vivia (e ainda vive em muitos aspectos).

Odete e Fátima: vilãs de "Vale Tudo".

Um dos maiores destaques de "Vale Tudo" é a inesquecível atuação de Beatriz Segall como Odete Almeida Roitman, considerada por muitos como a maior vilã de nossas telenovelas. Dona da TCA, uma grande companhia aérea, Odete era uma empresária arrogante que tinha grande desprezo pelo Brasil e por pessoas menos favorecidas economicamente. Era também uma mãe muito controladora que sufocava os filhos Afonso (Cássio Gabus Mendes) e Heleninha (Renata Sorrah) ao tentar obrigá-los a viver de acordo com o que ela achava ser o melhor para eles.

Ao longo da novela Odete se uniu à malvada Maria de Fátima (Glória Pires) e as duas prejudicaram muita gente. Mas Odete acabou pagando por suas maldades ao ser assassinada misteriosamente na reta final da novela, no capítulo 193.

"Quem matou Odete Roitman?"

Depois disso só se falava numa coisa: "Quem matou Odete Roitman?", a pergunta mais famosa das telenovelas brasileiras. O Brasil parou para assistir o último capítulo, onde foi revelado que a assassina era Leila (Cássia Kiss), que achou que estava atirando em Maria de Fátima, pois tinha descoberto que ela era amante de seu marido Marco Aurélio (Reginaldo Faria).

Leila acabou com Odete no final da novela.

No final da novela todos os vilões se deram bem. Marco Aurélio fugiu do país com Leila dando uma banana para o Brasil e Maria de Fátima casou-se com um príncipe italiano, levando o amante César (Carlos Alberto Riccelli) a tiracolo. Só Odete se deu mal, coitada, mas seu assassinato entrou para a história como o "quem matou" mais famoso da televisão brasileira. 

Depois de "Vale Tudo" houve inúmeros assassinatos misteriosos em muitas novelas, mas até hoje nenhum superou o "quem matou Odete Roitman" e provavelmente nunca vai superar.


domingo, 23 de setembro de 2012

NOVELA FELICIDADE ESTÁ DE VOLTA NO CANAL VIVA


A partir de segunda, 24 de setembro, "Felicidade", grande sucesso de Manoel Carlos exibida entre 1991 e 1992, substitui a reprise de "Top Model" no Canal Viva.

A novela foi baseada em "Tati, a Garota" e outros contos do escritor Aníbal Machado e exibida no horário das 18 horas em 203 capítulos. Foi co-escrita por Elisabeth Jhin e teve direção geral de Denise Saraceni.

Em "Felicidade" foi a vez de Maitê Proença dar vida à segunda Helena do autor (a primeira foi vivida por Lílian Lemmertz em "Baila Comigo", de 1981). Nos primeiros capítulos a novela é ambientada na fictícia Vila Feliz, interior de Minas Gerais. É lá que durante um jogo do Brasil na copa do mundo, Helena conhece o carioca Álvaro (Tony Ramos) e os dois se apaixonam. Mas ela acaba se casando com o engenheiro agrônomo Mário (Herson Capri).

Helena com Álvaro e com a filha Bia

O casamento de Helena com Mário fracassa e os dois logo se separam. Ao reencontrar Álvaro, Helena descobre que ele está casado com Débora (Viviane Pasmanter), que é rica e muito problemática. Apesar disso os dois se envolvem novamente e ela acaba engravidando dele, mas não conta nem para os próprios pais e resolve se mudar para o Rio de Janeiro.

Oito anos depois Helena vive sozinha com a filha Bia (Tatiane Goulart) no Rio. Ela começa a trabalhar para Cândida (Laura Cardoso), mãe de Álvaro. Apesar de continuar escondendo que Álvaro é o pai de Bia, Helena não consegue evitar que a filha se aproxime de Alvinho (Eduardo Caldas), filho de Álvaro e Débora. Com isso ela e seu grande amor acabam se reaproximando novamente e Helena se sente culpada por continuar escondendo a verdade de todos, mas só no final da novela ela conta que Bia é filha de Álvaro.

Mário, Helena, Álvaro, Alvinho e Bia

Ao perceber que Álvaro e Helena são apaixonados, Débora passa a fazer de tudo para infernizar a vida do casal, chegando ao ponto de tentar matar Helena e atirar acidentalmente em Álvaro. No final a personagem pagou por suas maldades, pois foi bem castigada por tudo o que fez, mas enquanto isso não aconteceu, ela aprontou muito!

"Felicidade" marcou muito o horário das seis com uma história leve e agradável. Os grandes destaques da novela foram entre outros, as atuações da ótima atriz Viviane Pasmanter como a vilã Débora, e o desempenho de Tatiane Goulart, que fez muito sucesso como a fofa Bia.

Álvaro era casado com a ciumenta Débora.

Em depoimento ao site memoriaglobo.com.br, Tony Ramos declarou o seguinte sobre a novela: "Felicidade era livremente baseada em contos de Aníbal Machado. Era o bem vindo retorno do Manoel Carlos para a TV Globo. Ele tinha passado um tempo escrevendo muito para o exterior. Trabalhou um pouco para a Manchete também. Fez novelas para Miami, com produções espanholas. E retornou, no horário das seis horas. Eles me perguntaram: 'Você topa voltar para o horário das seis?' Eu disse: 'Claro! Já fiz Livre Para Voar às seis horas.' Eu quero um bom personagem e acabou. Mas não tenho horário. Que papo é esse? Então voltamos: ele e eu, e nós nos reencontramos. Somos amigos muito sinceros, muito leais. Álvaro é um homem que se casa com uma mulher muito mais jovem que ele; e não sabe que, de um breve romance - com a personagem da Maitê Proença - nasceu um outro filho. Nessa novela, nascia para a televisão a Viviane Pasmanter, que fazia a minha mulher, muito ciumenta, possessiva e tal. Foi outro momento de sucesso e de agradável prazer de fazer novela."

Capas das trilhas nacional e internacional da novela

A volta de "Felicidade" no Viva é a chance de os fãs da novela reverem na íntegra os 203 capítulos, pois todas as novelas do canal são exibidas sem cortes. É também uma forma de compensar o público, que ficou muito insatisfeito com a reprise da novela na Globo, pois no "Vale a Pena Ver de Novo" em 1998, "Felicidade" teve apenas 55 capítulos, tornando-se uma das novelas mais cortadas da sessão.

Veja a abertura da novela:



Para saber mais sobre a novela clique aqui e entre no site Memória Globo.

Clique aqui para entrar na página oficial da novela no site do Canal Viva.

Para saber ainda mais sobre a novela clique aqui e leia uma matéria super completa do site Mundo Novelas.

Clique aqui para ler o post sobre as Helenas de Manoel Carlos, um dos primeiros do "Super TV e Mais!"

"Felicidade" será exibida de segunda a sexta às 15:30 hs, com horário alternativo à 01:15 da madrugada. Imperdível!


Post com informações do site memoriaglobo.com.br




quinta-feira, 20 de setembro de 2012

E SE HOUVESSE UM "QUEM MATOU DONA DOROTEIA" EM GABRIELA?


Vocês já pararam para pensar que Dona Doroteia (a maravilhosa Laura Cardoso) é uma das pessoas mais odiadas pelos habitantes da Ilhéus de 1925 em "Gabriela", atual novela das 11? 

Grande defensora da "moral e dos bons costumes", a personagem não perdoa ninguém e vive se metendo na vida de todos os moradores da cidade. Detesta as quengas do Cabaré Bataclan e tem horror a tudo o que é "imoral". Pessoa muito religiosa, Dona Doroteia vive na igreja e condena todos que levam uma "vida de perdição". Muito autoritária, ela mete medo em todos e ninguém quer tê-la como inimiga. Seu filho, o coronel Amâncio (Genézio de Barros) e os netos Berto (Rodrigo Andrade) e Juvenal (Marco Pigossi), só fazem o que ela manda, sua palavra é lei. Sempre que se sente insatisfeita com alguma coisa, Dona Doroteia solta o famoso bordão "Jesus, Maria José!".

E o pior é que para Dona Doroteia, tudo o que ela faz está certo. Para ela, só quem vive de acordo com os seus princípios, está vivendo de maneira correta. Dona Doroteia já aprontou muito e sua lista de maldades (ou bondades, como ela pensa) é imensa.

No início da novela, ela mandou Berto dar uma surra em Zarolha (Leona Cavalli) para que ela e as outras mulheres do Bataclã desistissem de participar da procissão para fazer chover em Ilhéus. A sorte de Zarolha é que Berto não teve coragem de lhe bater e Dona Doroteia, é claro, ficou furiosa porque o neto não lhe obedeceu.

Zarolha quase levou uma surra a mando de Dona Doroteia.

Quando os pais de Lindinalva (Giovanna Lancelotti) morreram num acidente de carro, Berto, que era noivo dela, tratou de se aproveitar da moça. Dona Doroteia, claro, não perdoou e fez o neto abandonar a menina às vésperas do casamento, porque segundo ela, a errada foi Lindinalva, que se entregou a ele antes de casar. Resultado: abandonada e mal falada na cidade inteira, a moça foi parar no Bataclã, onde passou a se prostituir. Quando Juvenal, o outro neto da beata, se envolveu com Lindinalva e já ia fugir com ela, Dona Doroteia mandou Berto matar a moça. Ela apanhou bastante e só não morreu por sorte, mas ainda acha até agora que foi Juvenal quem mandou acabar com ela. Tudo por causa de Dona Doroteia!

Lindinalva toda ferida depois da tentativa de assassinato ordenada por Dona Doroteia.

Dona Doroteia também andou se metendo na vida do casal protagonista Nacib (Humberto Martins) e Gabriela (Juliana Paes), dizendo que não era certo os dois viverem como marido e mulher sem serem casados. Dona Doroteia só passou a aprovar o casal depois que eles se casaram na igreja, mas dias antes do casamento, levou Gabriela para sua casa para que ela não vivesse mais em pecado até a cerimônia. Zuleika (Fernanda Pontes) mal se casou com Berto e já é a nova vítima da avó do rapaz, que quer obrigá-la a trabalhar como uma escrava.

Até agora a maior maldade de Dona Doroteia foi com Dona Sinhazinha (Maitê Proença) e Osmundo (Erik Marmo). Ao desconfiar que Sinhazinha traia o marido Jesuíno (José Wilker) com seu dentista Osmundo, Doroteia mandou dar uma surra na empregada Néia (Yaçanã Martins) e arrancou a verdade dela. Depois ela foi correndo contar para Jesuíno com todas as letras que ele era corno. Foi por isso que o coronel pegou a mulher e o amante no flagra e assassinou os dois a tiros. E pensam que depois do assassinato Dona Doroteia se arrependeu de ter provocado esse crime horrível? Pelo contrário, ela deu os parabéns ao coronel por ter lavado a sua honra com sangue! Apesar de dar todo o seu apoio a Jesuíno, ultimamente Dona Doroteia destrata o coronel sempre que o encontra, pois não consegue perdoar o fato de ele ter se casado com Iracema (Amanda Richter), uma mulher mais jovem, e sempre insinua que ela também vai lhe "botar cornos", deixando Jesuíno furioso.

Dona Doroteia mandou bater na empregada e acabou provocando o assassinato de Sinhazinha e Osmundo.

É por essas e outras que Dona Doroteia não deve ser muito querida pelos moradores da cidade, pois adora se meter na vida dos outros e já aprontou muito. Se por acaso a personagem fosse assassinada na novela, suspeitos não faltariam, pois muitos teriam motivos para querer se livrar dela. No capítulo de quarta, 19, o Coronel Melk (Chico Diaz) quase fez isso e invadiu a casa de Dona Doroteia disposto a acabar com ela. O motivo? A velhinha andou espalhando que ele é o amante misterioso de Miss Pirangi (Gero Camilo), homossexual que trabalha no Bataclã.

Melk quase mandou Dona Doroteia para a terra dos pés juntos.

Um "Quem matou Dona Doroteia" provavelmente não teria a mesma repercussão de um "Quem matou Odete Roitman", mas seria bem interessante, pois trata-se de uma velhinha terrível que já prejudicou muita gente e muitos personagens teriam motivos para querer mandá-la dessa para uma melhor.

Independentemente das maldades, o fato é que Dona Doroteia é uma das melhores personagens da novela. Criada pelo autor Walcyr Carrasco, ela não está no livro de Jorge Amado e nem esteve na primeira versão da novela. Apesar de ser muito má, Dona Doroteia também é muito carismática e o público a adora. Tudo isso graças ao talento da maravilhosa Laura Cardoso, uma das melhores atrizes de nosso país, que sempre dá um show de interpretação em todas as novelas das quais participa. Laura conseguiu transformar Dona Doroteia num dos maiores destaques da novela, pois em alguns momentos ela aparece mais do que a própria protagonista Gabriela.

Dona Doroteia com visual fashion em montagem da internet.

Laura Cardoso está simplesmente maravilhosa como Doroteia. Aos 85 anos, a atriz continua com um vigor impressionante e está sempre fazendo novelas e arrancando aplausos de todos. Sorte nossa, que temos o privilégio de acompanhar uma grande atriz como ela em cena e  de nos deliciar com personagens ótimos como Dona Doroteia. 

Mas já deu para perceber que Dona Doroteia não é tão santa como quer aparentar. Já houve insinuações de que ela guarda algum segredo cabeludo de seu passado. Resta ficar de olho para saber que segredo é esse e ver se a personagem vai pagar por suas maldades. Jesus, Maria José!

O que você acha de Dona Doroteia? Deixe seu comentário!


terça-feira, 18 de setembro de 2012

A VOLTA DA MINISSÉRIE JK NO CANAL VIVA


A partir desta terça, 18 de setembro, uma minissérie brasileira de grande sucesso volta a ser apresentada no canal por assinatura Viva. Exibida originalmente na Globo entre janeiro e março de 2006, "JK" foi escrita por Maria Adelaide Amaral, Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro e dirigida por Dennis Carvalho.

A minissérie retrata a vida de Juscelino Kubitscheck, um dos presidentes mais importantes que o Brasil já teve. Responsável pela modernização do país na década de 1950, entre os muitos feitos de Juscelino está o famoso plano de avançar 50 anos em 5, o que acelerou o desenvolvimento econômico do Brasil. Ele também é o responsável pela construção de Brasília para ser a capital do país. Muitos o consideram o melhor presidente que os brasileiros já tiveram.

Juscelino foi interpretado na minissérie pelos atores Wagner Moura e José Wilker.

A minissérie abrange os 74 anos de vida de Juscelino e é dividida em três fases. A primeira fase foi dedicada à infância de Juscelino, que nasceu na cidade mineira de Diamantina em 1902. A segunda fase foi focada na juventude, quando ingressou na faculdade de medicina e entrou na carreira política. E a terceira fase abrangeu a ascensão como presidente, o exílio e sua morte em 1976, vítima de um acidente de carro.

A minissérie também deu enfoque à vida pessoal do presidente, que era casado com Sarah e pai de duas filhas. "JK" também contou com alguns personagens fictícios e foi uma verdadeira superprodução que retratou um momento riquíssimo da história do nosso país e fez muito sucesso.

Débora Falabella e Marília Pêra interpretaram Sarah, mulher de Juscelino.

O elenco de "JK" era um show à parte. O presidente foi interpretado na fase adulta por Wagner Moura e José Wilker. E Sarah foi vivida por DéborahFalabella e Marília Pêra. Grandes atores fizeram parte da minissérie, entre eles, Fábio Assunção, Júlia Lemmertz, Cássia Kiss, Caco Ciocler, Letícia Sabatella, Raul Cortez, Eliane Giardini e muito mais!

José Wilker em cena da minissérie.


O autor Alcides Nogueira falou ao "Super TV e Mais!" sobre a experiência de ter escrito a minissérie e sobre a reprise do Viva:

"Estou muito feliz com a reprise de 'JK' pelo Canal Viva. Uma nova oportunidade para os telespectadores conhecerem a trajetória desse grande presidente da República. Foi um trabalho que Maria Adelaide Amaral e eu, juntamente com Geraldo Carneiro, escrevemos com muito prazer, sentindo a necessidade da preservação da trajetória de Juscelino. Trata-se de uma primorosa produção da Rede Globo, dirigida com muito talento e sensibilidade por Dennis Carvalho. A serie não se prende somente à história do político, mas enfoca sua vida, da infância à morte, permeada por paixões, momentos difíceis, dias felizes... Além disso, tramando a ficção com a realidade, procuramos montar um painel da época - uma das mais ricas e efervescentes do país. Tanta coisa aconteceu naqueles dias... Espero que 'JK' traga muita emoção ao público, como aconteceu quando de sua apresentação". (Alcides Nogueira).

Uma curiosidade: a reprise de "JK" começa no mesmo dia em que a televisão brasileira faz aniversário, pois há exatos 62 anos, no dia 18 de setembro de 1950, era inaugurada a TV Tupi, primeira emissora do país. Nada melhor para celebrar a data do que assistir a uma grande produção da TV brasileira.

Veja a linda abertura da minissérie:




Para saber mais sobre a minissérie, entre no site Memória Globo e no site do Canal Viva.


Então já sabem: "JK" será exibida na íntegra no Canal Vida, de segunda a sexta-feira às 11:15 da noite, com horário alternativo às 05:00 da manhã. Fiquem de olho!